As imagens de IA vão acabar com a fotografia?
Publicado em 30 de setembro de 2025 · Por Wellington Johnny
Imagem gerada por IASe qualquer pessoa pode gerar uma imagem incrível com meia dúzia de palavras, qual o futuro da fotografia real? Essa é a questão que vamos explorar hoje.
O choque inicial
A IA democratizou a criação visual em uma escala sem precedentes. Gente que nunca pegou em uma câmera consegue gerar imagens sofisticadas em segundos. Isso gera insegurança: “se qualquer pessoa pode fazer uma foto realista sem câmera, pra que contratar um fotógrafo?”
A diferença entre imagem e fotografia
IA cria simulações. Fotografia captura momentos reais.
Uma fotografia de verdade carrega contexto, verdade e memória. Uma imagem gerada por IA carrega estética, mas não vivência. É como comparar um diário escrito à mão com um romance de ficção.
Técnica fotográfica vs técnica de prompt
- Fotógrafo: domina luz, lente, composição e emoção.
- Engenheiro de prompt: escreve comandos para a IA “imaginar” cenas.
Ambos exigem criatividade, mas só a fotografia pode dizer: “eu estive lá, isso aconteceu.”
O que a IA jamais vai substituir na fotografia
- Memória e emoção – registros pessoais e afetivos.
- Testemunho histórico – eventos reais que marcaram época.
- Relação humano–fotógrafo – confiança e conexão.
- Imperfeição verdadeira – detalhes autênticos.
- Vivência – estar lá, sentir o momento.
Como a IA pode jogar a favor da fotografia
- Pós-produção acelerada: edição e correções mais rápidas.
- Planejamento de ensaios: referências de poses e cenários.
- Colaboração com clientes: visualização prévia de ideias.
- Restauração de fotos antigas: trazer memórias de volta.
- Exploração artística: mistura de real e imaginado.
Conclusão
As imagens de IA não vão matar a fotografia. O que elas vão matar é a fotografia sem alma, feita sem olhar, sem intenção. Em um mundo cheio de imagens fabricadas, a verdade do clique se torna ainda mais rara — e, portanto, ainda mais valiosa.
No fim, a fotografia não é sobre criar imagens. É sobre criar memórias.
E você? Acredita que a fotografia real ainda é insubstituível?